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Inadimplência atinge recorde e alcança 30,4% das famílias brasileiras em agosto

Repórter Jota Anderson
schedule Thursday, 11/09/2025 as 08:01

A inadimplência nos lares brasileiros alcançou em agosto de 2025 o maior patamar dos últimos 15 anos. De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 30,4% das famílias relataram ter dívidas em atraso, o percentual mais alto desde o início da série histórica, em 2010.

O cenário é ainda mais preocupante quando se observa a parcela de famílias que afirmam não ter condições de quitar os débitos atrasados, que subiu para 12,8% — o maior índice desde dezembro de 2024.

Segundo a CNC, este é o sétimo mês consecutivo de alta na inadimplência, tendência que acompanha o aumento do endividamento geral. Atualmente, 78,8% dos lares brasileiros possuem algum tipo de dívida, seja no cartão de crédito, cheque especial, carnês de lojas, financiamentos ou crédito pessoal.

Apesar da escalada nos atrasos, houve uma melhora tímida na percepção subjetiva dos consumidores. O índice de famílias que se consideram “muito endividadas” recuou para 15,4%, enquanto aumentou o grupo que se classifica como “mais ou menos endividado”, o que sugere uma tentativa de readequação do orçamento familiar.

Para os próximos meses, a CNC projeta uma continuidade da pressão sobre as contas das famílias: o endividamento deve crescer 3,1 pontos percentuais até o fim do ano, enquanto a inadimplência pode avançar mais 1,6 ponto.

Contexto econômico

Especialistas avaliam que o aumento do endividamento reflete fatores como a elevação dos custos de vida, o uso mais intenso do crédito para consumo básico e a dificuldade de recomposição da renda em várias camadas da população. O cartão de crédito segue como principal modalidade de endividamento, concentrando boa parte das dívidas em atraso.

A CNC ressalta que, embora os indicadores mostrem resistência do consumo em algumas áreas, o avanço da inadimplência pode comprometer a recuperação econômica no segundo semestre de 2025, reduzindo a capacidade de compra das famílias e pressionando o comércio e os serviços.

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