
Por: Vanderlei de Lima é eremita de Charles de Foucauld
Apresentamos, hoje, a nossa obra Recorramos a Santa Gertrudes de Helfta! Mística, mensageira da Divina Misericórdia e amiga íntima do Sagrado Coração de Jesus (Cultor de Livros).
O livro está dividido em cinco capítulos assim intitulados: 1) Santa Gertrudes, seu tempo e suas obras. É a apresentação, do modo mais fiel possível, da vida da santa e de seus escritos à luz de bons estudiosos como Dom Garcia Maria Colombás, OSB, e Bento XVI, por exemplo; 2) Grande mística da Igreja. Busca descrever a essência da mística (a íntima união com Deus e o consequente amor ao próximo, cf. 1Jo 4,20-21) e seus complementos secundários (êxtases, visões, revelações etc.) com base em teólogos do nível de Adolf Tanquerey, Royo Marín, Afonso Rodrigues, Estevão Bettencourt etc.; 3) Amiga íntima do Sagrado Coração de Jesus. Santa Gertrudes foi grande devota do Sagrado Coração de Jesus, citada pelos Papas Pio XII, na Encíclica Haurietis aquas, 1956, n. 51, e por Francisco, na Encíclica Dilexit nos, 2024, n. 110. Por oportuno esse capítulo oferece um breve histórico dessa devoção à luz de São Boaventura, da Haurietis aquas, de Dom Eusébio Scheid, SCJ, e dos maiores místicos e místicas da Ordem Cisterciense. Traz, por fim, uma seleção de textos (Breve Antologia) da própria santa de Helfta sobre o tema; 4) Mensageira da Divina Misericórdia. É um dos justos títulos de Santa Gertrudes. Nesse capítulo, há uma pequena exposição do termo misericórdia, de acordo com o Pe. Paschoal Rangel, SDN, grande teólogo brasileiro, e o comentário a cada parábola sobre a misericórdia, contida no Evangelho de Lucas e de Mateus (21,18-22; 23-35), segundo Dom Estevão Bettencourt, OSB, competente biblista carioca, e 5) Oração. Pede ela a intercessão de Santa Gertrudes contra as catástrofes naturais (secas, geadas, temporais) e o bem-estar espiritual e físico a cada fiel. O livro traz também a lista completa dos mosteiros cistercienses e trapistas no Brasil.
Santa Gertrudes foi uma monja fiel à Mãe Igreja em uma época de grande renovação de valores. Era, de direito, monja beneditina, mas vivia, de fato, como monja cisterciense, ou seja, membro da nova Ordem fundada, em 1098, em Cister, França, pelos Santos Abades Roberto, Alberico e Estêvao Harding. Essa mesma Ordem teve também – ainda nos tempos de Santo Estêvão Harding – São Bernardo de Claraval, o grande Doutor da Igreja, de cujos escritos espirituais nossa santa muito se valeu.
Santa Gertrudes foi uma católica convicta, coluna da Igreja no seu tempo e lugar, como bem lembrou o Papa Bento XVI ao dizer: “Na observância religiosa, a nossa Santa é ‘uma coluna sólida […] firmíssima propugnadora da justiça e da verdade’ (Ibid., I, 1, p. 26), diz a sua biógrafa” (Audiência Geral, 06/10/10). É um desejo das Ordens Beneditina, Cisterciense e Trapista vê-la também, em breve, com a graça de Deus, ser proclamada Doutora da Igreja.
Ainda: “Seu apostolado consistia em confiar plenamente na caridade (ou na misericórdia) divina para mudar o ser humano e, por conseguinte, o mundo. Sua espiritualidade não era a do terror ou do medo de um Deus vingativo ou policial pronto a nos punir na esquina nem a de uma mulher assustada com os ataques do demônio, como muito se pensava na época. Ela foi, sim, uma monja confiante no amor do verdadeiro Deus que nos amou primeiro (cf. 1Jo 4,19) e que, por isso, nos quer com Ele na glória celeste a iniciar-se aqui na terra, especialmente pela participação no seu banquete diário. Lembremo-nos, uma vez mais, de que a Comunhão Eucarística era rara no século XIII, mas Gertrudes batalhava para torná-la frequente” (p. 25).
Esperamos, prezado(a) leitor(a), que a leitura de Recorramos a Santa Gertrudes de Helfta – que está com desconto no site da Cultor de Livros – faça-lhe imenso bem espiritual.
Por: Vanderlei de Lima é eremita de Charles de Foucauld
Quer ficar ligado de tudo oque rola em Casa Branca e região? Siga o perfil do Jornal Gazeta de Casa Branca no Instagram e no Facebook